Hipertermia - Galdinosaqua



Hipertermia é a temperatura corporal central acima de 40°C, relacionada à ineficiência dos mecanismos de dissipação do calor ou por produção excessiva de calor associada a uma dissipação insuficiente. Várias são as causas de hipertermia, dentre elas destacam-se exposição prolongada ao Sol, a fornos ou a locais de grande temperatura, prática de exercícios físicos em ambientes quentes e úmidos e a hipertermia maligna. As duas primeiras são causada por uma insuficiência dos mecanismos dissipadores de calor e a terceira é causada por uma variação genética que na maioria dos casos relaciona-se a uma alteração no gene que codifica os canais de liberação de cálcio nos retículos sarcoplasmáticos, causando dentre seus efeitos, o aumento da temperatura corporal.
Alguns sintomas da hipertermia são:
•A temperatura corpórea central aumenta para mais de 40° C;
•A transpiração cessa;
•A frequência cardíaca aumenta;
•A respiração se intensifica;
•Ocorre confusão mental, tontura, náusea e dor de cabeça.
A avaliação da temperatura central é a chave da
investigação (geralmente verificada através da temperatura retal,
pois as temperaturas oral e axilar não são consideradas confiáveis).
Hipertermia persistente resulta em várias e graves complicações
agudas. Entre elas está a hipovolemia (diminuição do volume sanguíneo)
decorrente da sudorese e da vasodilatação, a qual diminui o débito
cardíaco e impede a termorregulação. Entretanto, lesão cerebral aguda
e convulsões são as complicações mais perigosas que a hipertermia
persistente pode causar. A morte por hipertermia persistente é normalmente
resultante de arritmia cardíaca.

O tratamento para hipertermia consiste em:

•Interromper a exposição a qualquer fator desencadeante;

•Controlar da hiperatividade muscular;

•Aplicar métodos de resfriamento como compressas

com água morna juntamente com ventilador, cobertores

para resfriamento (cobertores hipotérmicos);

•Fazer lavagem gástrica com soro fisiológico;

•Manter o paciente em ambiente relativamente frio;

•Administrar medicamentos antitérmicos e fazer reposição de líquidos.



As atividades físicas e a hipertermia;
A hipertermia surge no atleta que faz um exercício intenso e prolongado sem adequada hidratação e/ou boa transpiração. Surgem inicialmente sede, fadiga e câimbras intensas. A seguir, o Mecanismo

Termorregulador corporal começa a entrar em falência e surgem sinais como náuseas, vômitos, exaustão, irritabilidade, confusão mental, falta de autocrítica, incoordenação motora, delírio e desmaio.
Sem cuidados, pode ocorrer o coma e às vezes a morte.

A pele do atleta geralmente torna-se muito quente e vermelha (parecendo febril), às vezes com calafrios mesmo em ambientes quentes.
É comum o atleta pedir agasalhos, mas estes não devem ser dados.

O suor é profuso, até o momento em que surge a desidratação, quando então a pele torna-se seca. Essa é uma fase perigosa, pois a ausência de sudorese não permite adequada perda de calor, colocando o atleta em risco de vida pela hipertemia grave. Cessa então a atividade motora, e o atleta deve ser imediatamente tratado.

Diferenças entre febre e hipertermia:
O ser humano possui um ponto fixo de temperatura. Pequenas variações desta estimulam rapidamente os mecanismos de homeostase que trazem a temperatura de volta para o ponto fixo.
Em ambos os casos (de febre e de hipertermia) há aumento da temperatura corporal. Entretanto, a diferença entre elas é que a febre acontece em resposta a uma alteração no centro termoregulador localizado no hipotálamo (alteração do ponto fixo).
A elevação do ponto de regulação térmica (ou ponto fixo) dá origem a uma série de mecanismos a fim de elevar a temperatura corporal central (tremores, vasoconstrição e aumento do metabolismo celular) visando atingir ao novo equilíbrio.
As substâncias capazes de causar febre são chamadas de pirógenos, podem ser oriundos do interior ou do exterior do organismo.
Os pirógenos exógenos causam febre por meio da estimulação do corpo para que ele libere seus próprios pirógenos. Os pirógenos endógenos são geralmente produzidos pelos monócitos.
Após cessar a ação do agente causador da febre, a temperatura tende a voltar aos valores normais.
Alguns estudos apontam que há menor crescimento bacteriano e maior ativação do sistema de defesa do organismo quando vigora a febre.
A hipertermia é uma elevação da temperatura corporal acima do ponto de regulação térmica. Como já foi dito, ela está associada a uma ineficiência dos mecanismos de dissipação do calor ou ao excesso de produção de calor com uma dissipação insuficiente.

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